quarta-feira, 24 de julho de 2013

SEM SANTIFICAÇÃO NÃO CONSEGUIREMOS VER Á DEUS!


Hb. 12.14     Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá Senhor.

     A paz é uma qualidade espiritual,  um dos aspectos do fruto do espírito, que então se faz parte da expressão das virtudes de um crente (ver Gl. 5:22). A paz consiste da harmonia com Deus, acima de tudo, mediante a reconciliação e a justificação; e então haverá harmonia na igreja, como consequência disso.
     Para que se viva em paz é mister o discernimento imaginativo do amor. Sem esse amor, a igreja deixa de ser igreja. A pior de todas as heresias é o ódio. O teste exposto por Jesus é simples: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13.35). Contudo sem a santificação do crente este amor se degenera. Por isso na igreja, devemos nos esforçar para obter “santidade”. (purificação, santificação) Sem a qual ninguém verá o Senhor.
.....Santificação... Está em foco aqui a feitura de um homem realmente santo, pelo poder do Espírito Santo. Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus e ser semelhante a Ele, e, de todo o coração buscar sua presença, sua justiça e sua comunhão, acima de todas as coisas a santidade é a prioridade de Deus para seus seguidores. “Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”.(Ef. 4:21-24).
Porque há escândalo nas igrejas?
A santificação não pode ser confundida com a mera reabilitação moral externa
* Não é raro que pessoas que levaram uma vida imoral mudem toda sua forma de viver. Tornam-se extremamente corretas em sua conduta: moderadas, puras, honradas e benevolentes. Esta é uma grande mudança, digna de elogio, gabo, louvor. Isso é imensamente benéfica para aquele que experimenta e para todos aqueles com quem se relaciona. Pode ser produzida por diferentes causas, pela força da consciência, e por uma consideração da autoridade de Deus e um temor por sua reprovação, ou em consideração da boa opinião ou conselho dos homens, ou pelo mero vigor de uma consideração iluminada por seus próprios interesses. Mas seja qual for a causa imediata dessa reabilitação ela fica muito distante da santificação. As duas coisas diferem tanto em natureza, como um coração limpo de um vestido limpo. Esta reabilitação exterior pode deixar sem mudanças o caráter interior do homem aos olhos de Deus,  e este homem está correndo um grande risco de recair, e por conseguinte, escandalizar. Veja o que diz o vv. “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”.( MT. 18:6 ). Por isso a aparência externa não nos mostra a verdadeira santidade de um a pessoa. Ela pode parecer santa aos nossos olhos, mas esta pode permanecer carente do amor de Deus, da fé em Cristo e de todo o exercício ou afeição santa. Deus conhece o homem no seu exterior e no seu interior. É necessário saber quais são  os elementos constituintes da santificação.
* A santificação é absolutamente necessária a salvação, no dizer deste versículo. ( Hb 12:14)
* Ela confirma e desenvolve a divina santidade, que nos fora imputada. “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas”( Rm. 3:21)
* Ela nos conduz a participação nas perfeições morais de Deus. “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”.(Ver Mt. 5:48)
* Ela é a realização da Trindade.  Do Pai. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. ( 1ª Tss 5:23) do Filho. “Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos”, ( Hb. 2:11) e do Espírito Santo. “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”; ( 1ª Cor. 1:30) O seu evangelho nos conduz a santificação. Por isso, meus amados irmãos, não se deixe enganar em vós mesmos, buscai a verdadeira santificação, sem a qual ninguém verá á Deus.


                                                                                          Deus abençoe, até a próxima

domingo, 14 de abril de 2013

CRESCENDO, À MEDIDA DE ESTATURA COMPLETA DE CRISTO.



Efésios 4.15. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 

     Vamos mais uma vez meditar na palavra do todo poderoso Deus, e falar desta palavra “cresçamos”. Para falarmos desta palavra em particular, precisamos começar no vv. 1 deste cap. 4 onde Paulo começa dizendo “Roga-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação, com que fostes chamados”. Aqui vimos Paulo rogando. Rogar, quer dizer suplicar, encorajar, apelar. Com essa palavra, Paulo estava convocando os crentes para um dever de militar como um santo do Senhor; “Que andeis como é digno. Paulo suplicava aos crentes, que agissem como pessoas dignas da vocação, pois faziam parte do corpo de Cristo! Andar dignamente seria um crente honrado, merecedor, capaz e exemplar. Paulo queria deixar claro, que era necessário e fundamental para o cristão que, quer fazer parte do corpo de Cristo, manter a unidade do Espírito e da fé e ter desejo incondicional do seu crescimento espiritual.  
     Com toda humildade... Paulo continua escrevendo seu apelo, e está aqui em foco, algo que é contrário ao orgulho e a atitude voluntária do seu próprio ego. Mas antes, o cristão se inclina para a unidade e a paz com todos.
    (...) Com toda mansidão... Esta é uma qualidade que está escrita em Gl. 5.22 assim como a palavra longanimidade. Bom, assim sendo, nota-se que Paulo estava insatisfeito com alguns ocorridos como, o que aconteceu no tocante à condução do mundanismo ter causado dissensões na igreja de Coríntios (1º Co. 3.1-3). Assim sendo, Paulo deseja que os crentes possuíssem essas virtudes em grau elevado, em sua completa ação, e não parcial ou como mera imitação. Quando o cristão deixa de lado as velhas práticas e da liberdade para o Espírito Santo, e começa a praticar o fruto do Espírito, então esse cristão esta buscando crescimento espiritual Na sequência vemos Paulo aconselhando que todos procurassem guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz: Quando vimos esta palavra “guardar, nos leva a entender que precisamos preservar, manter a unidade, pelo andar, “Como é digno da vocação com que fostes chamados” A unidade Espiritual é mantida pela lealdade à verdade e a andar segundo o Espírito. Paulo deixa claro no seu clamor que “A unidade do Espírito” já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, bastando guardá-la, sendo fiel a verdade.
     Um só Senhor. Reconhecer isso significa dizer, que, a obra da redenção que Jesus Cristo efetuou é perfeita e suficiente, e que não é necessário nenhum outro redentor (At. 4.12) E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.  ou mediador (1ª Tim 2.5) Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.  para dar ao crente salvação completa. É só através de Cristo que o crente deve se aproximar de Deus (Hb. 7.25). Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.  Então observando os versículos anteriores começamos a notar que o rogo de Paulo aos efésios tinha um objetivo. E era de incentivá-los ao crescimento espiritual.
     Cresçamos em tudo.. Não é cresci, (passado) muito menos crescerei (futuro). É no presente, “cresçamos”. Está em vista uma espiritualidade crescente, em que o crente abandona o estado de -infância- e cresce, e chega a maturidade, como se observa no cap. 4.13. Neste ponto do crescimento chegamos a conclusão que está descrito aqui, ja como o corpo digno do cabeça, Cristo. O crescimento é o desenvolvimento e também o progresso espiritual do corpo, o que significa que vai se tornando um corpo apropriado ao cabeça, que é o próprio Cristo. Isso também significa que o corpo assume a mesma natureza moral do cabeça. Como já  ouvimos falar frequentemente, um corpo dirigido por uma cabeça, anda sempre no mesmo sentido, numa só sintonia. Não conseguimos imaginar uma perna querendo ir para um lado e outra ir para outro lado, uma para frente e outra para trás, isso não acontece, porque o cabeça está dirigindo todo o corpo para um objetivo. E o objetivo do corpo de Cristo é ir crescendo no caminho da verdade e do amor, que nos conduz a maturidade espiritual, e leva-nos mais longe e mais profundamente na unidade de uma vida comum com Cristo, na medida em que vamos sendo progressivamente semelhantes, em todo o nosso ser, na natureza de nosso Senhor. Somente a conservação da unidade da fé, deve basear-se no amor ativo, que procura resolver problemas e reconciliar diferenças através da mútua lealdade e da obediência a Cristo e a sua palavra. Isto significa que cremos e proclamamos com amor a verdade. Então nunca se conforme achando que você já chegou a um patamar espiritual suficiente. Mas continue “crescendo” espiritualmente, buscando conhecer mais e mais a palavra da vida eterna, guardando em seu entendimento e vivendo na prática e então proclamando e ensinando com amor a verdadeira palavra, então vamos caminhando para o alvo....... Ef. 4.13. Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, 

Deus abençoe, até a próxima.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O SENHOR SEPULTOU MOISÉS, PORQUE?



Dt. 34. 6. que o sepultou no vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.

     Orando eu ao Senhor e buscando meditar na palavra do todo poderoso, me chamou a atenção este texto das sagradas escrituras, que se encontra em. Dt. 34. 1-12 que falam da morte e sepultamento de Moisés. O mesmo tinha uma constante comunhão com Deus, o próprio texto diz no vv. 10 “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face”; Aqueles que vivem sempre em comunhão com Deus, não temem a morte. Simplesmente por sua confiança em Deus. Podem até mesmo aguardar a morte com paz e alegria. Ler o texto Lc. 2.29 “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra.”... Pois sua íntima comunhão com Deus lhe proporcionou uma visão da terra prometida. Assim como Moisés, muitos tiveram uma amostra ou um sinal da terra prometida. Por este motivo, não temem a morte, pois através dela, herdarão a terra e cidade construída por Deus. Hb. 11.10. porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus.
     Este o sepultou... No vv. 6 vimos que “Deus sepultou Moisés num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-peor; e ninguém tem sabido até hoje a sua sepultura”. Esse texto não nos mostra Moisés perdendo sua salvação por ter prevaricado contra Deus. Dt. 32.51, 52, mais sim perdendo a oportunidade de dirigir o povo numa nova terra. Ver a terra e não entrar nela, seria um tipo de consolo dado por Deus para aqueles que fracassam e perdem o controle, ou seja, você pode perder sua benção se agir assim, no entanto não a salvação. Moisés não entraria naquele momento na terra que contemplara, mais muitos anos mais tarde se encontrou com Jesus e Elias na terra prometida Ver Mt. 17.3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Quando Deus fala, esta  falado. O Senhor falou em  Dt. 32.52. “Pelo que verás a terra diante de ti, porém lá não entrarás, na terra que eu dou aos filhos de Israel” O texto nos mostra que Deus não permitiria que Moisés entrasse na terra ainda em vida, e Moisés depois de contemplar a terra morreu. Mas o que chama atenção, é que Deus o sepultou e ninguém tem sabido até hoje a sua sepultura; Por quê? Veja o que aconteceu com José Gn. 50.25. “E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente; vos visitara Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui”. Assim falou José. Agora observe Êxodo 13.19 “E tomou Moisés os ossos de José consigo, portanto havia este estreitamente ajuramentado aos filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará; fazei, pois, subir daqui os meus ossos convosco”. A fé perseverante de José estava firmada na promessa de Deus, de que Canaã  seria a pátria de seu povo, por isso pediu que seus ossos fossem transportados por seu povo para a terra prometida. José não queria que seus restos mortais ficasem para sempre na terra do Egito, e assim foi feito, conforme sua vontade. O povo tinha consciência que os ossos de José estavam sendo levados com eles para a terra da promessa. Agora Moisés também estaria morto. Provavelmente, esta parte da história foi relatado por Josué.  Os grandes destaques na vida de Moisés foram sua íntima comunhão com Deus, e sua compreensão da natureza de Deus. Por isso se tornou um grande líder. Então podemos imaginar o que aconteceria se o povo encontrasse seu corpo agora inerte sem vida. Assim como foi feito com José, também fariam com Moisés; Diriam todo o povo, não é justo que este homem (Moisés) depois que tudo passou, tanto tempo na liderança neste deserto, agora não entre na terra prometida, tomaremos posse de seu corpo e o levaremos junto com os ossos de José e entraremos na terra e façamos ali dois sepulcros para eles. Isso com certeza contrariaria a vontade de Deus, pois Deus dissera que Moisés não entraria na terra prometida, Dt. 32.52 Pelo que verás a terra diante de ti, porém lá não entrarás, na terra que eu dou aos filhos de Israel. então o povo estaria correndo sério risco de não entrar na terra prometida depois de muitos anos. Por isso, o próprio Deus o sepultou, e nunca foi achado a  sua sepultura. Por isso, lembre-se meus amados, a vontade de Deus sempre prevalece.

Deus abençoe, até a próxima.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O ÚNICO MEDIADOR É JESUS CRISTO.


     Segundo as Escrituras, a encarnação do eterno Filho de Deus não foi um acontecimento necessário emanando da natureza de Deus. Não foi o ponto culminante no desenvolvimento da humanidade. Foi um ato de humilhação voluntária. Deus deu seu Filho para a redenção do homem. Ele veio ao mundo para salvar seu povo dos pecados; para buscar e salvar perdidos. Ele participou de carne e sangue a fim de destruir, por sua morte, aquele que tinha o poder da morte, a saber, o diabo (Hb 2.14) “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”;  e libertar aqueles que, pelo temor da morte, estavam durante toda a vida sujeitos à escravidão. Ele morreu, o justo pelos injustos, para aproximar-nos de Deus. Esta é a constante descrição das Escrituras. Não havia outra maneira de conseguir este fim. Isso está claramente ensinado nas Escrituras. O nome de Cristo é o único nome pelo qual os homens podem ser salvos. Se a justiça pudesse ser alcançada de outra maneira, então Cristo, diz o Apóstolo, morreu em vão (Gl. 2.21) ” Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde”. Se a lei pudesse dar vida, certamente a justiça teria sido pela lei (Gl. 3.21). ”Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei”.

     Como o propósito da encarnação do Filho de Deus era reconciliar-nos com Deus, e como a reconciliação das partes inimizadas é uma obra de mediação, Cristo é chamado de nosso mediador. Como a reconciliação é às vezes efetuada por simples intercessão, ou negociação, a pessoa que assim eficazmente intercede pode chamar-se mediador. Mas onde a reconciliação envolve a necessidade de satisfação pelo pecado como cometido contra Deus, então somente ele é o mediador que pode fazer expiação pelo pecado. Como isso foi e só poderia ser feito por Cristo, segue-se que ele é o único mediador entre Deus e o homem. Ele é nossa paz, que reconcilia com Deus, judeus e gentios em um só corpo pela cruz (Ef 2.16) “E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades”. Portanto, para nós só há um mediador entre Deus os homens, o homem Jesus Cristo (1Tm. 2.5) ”Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”. Cristo é nosso único mediador, não simplesmente porque assim o ensinam as Escrituras, mas também porque só ele pôde cumprir e cumpre o que é necessário para nossa reconciliação com Deus; e só ele tem as qualificações pessoais para tal obra.
     O que tais qualificações são, as Escrituras claramente ensinam.
1. Ele teria de ser um homem. Os Apóstolos apontam como a razão pela qual Cristo assumiu nossa natureza e não a natureza dos anjos, ou seja, para que ele pudesse redimir-nos (Hb 2.14-16) ”E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão”. Era necessário que ele fosse feito sob a lei a qual quebrara-nos; que ele cumprisse toda a justiça; sofresse e morresse; fosse capaz de solidarizar-se com seu povo em todas as suas enfermidades, e se unir-se com ele em uma natureza comum. Aquele que santifica e aqueles que são santificados são e tem de ser uma só natureza. Portanto, como os filhos foram participantes de carne e sangue, assim também ele tomou parte no mesmo (Hb 2.11-14) ”Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação .E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”.
2. O mediador entre Deus e os homens tem de ser isento de pecado. Sob a lei, a vítima oferecida sobre o altar tinha de ser imaculada. Cristo, que iria oferecer-se a Deus como sacrifício pelos pecados do mundo, tinha de ser ele mesmo isento de pecado. Portanto, o sumo sacerdote que nos convém, aquele que nossas necessidades demandam, tem de ser santo, inocente, incontaminado e separado dos pecados (Hb 7.26 “0 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus. Ele foi, portanto, “sem pecado” (Hb. 4.15Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”; 1Pe 2.22) “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. Um salvador do pecado que fosse pecador é uma impossibilidade. Ele não poderia ter acesso a Deus. Não poderia ser sacrifício pelos pecados; e não poderia ser fonte de santidade e vida eterna para seu povo.
3. Não era menos necessário que nosso mediador fosse uma pessoa divina. O sangue de alguma mera criatura não podia tirar o pecado. É tão-somente porque nosso Senhor possuía o espírito eterno, que uma oferenda de si mesmo aperfeiçoou para sempre os que crêem. Ninguém, se não uma pessoa divina, poderia destruir o poder de satanás e liberar os que eram conduzidos cativos à vontade dele. Ninguém, se não a aquele que tinha vida em si mesmo, poderia ser a fonte de vida, espiritual e eterna, para seu povo. Ninguém, se não uma pessoa onipotente, poderia controlar todos os acontecimentos até a consumação do plano da redenção, e poderia ressuscitar dos mortos; e fazem-se necessário uma sabedoria e um conhecimento infinito naquele que seria o juiz de todos os homens, e cabeça sobre todas as coisas em prol de sua igreja. Ninguém, se não um só, em que habitasse toda a plenitude da deidade, poderia ser o objeto, bem como a fonte, da vida religiosa de todos os remidos.
     Nas escrituras declara-se que são essenciais tais qualificações para o oficio de mediador entre Deus e os homens; todas são compridas em Cristo; e todas elas foram exigidas pela natureza da obra que ele concretizar.
     Todos os atos e sofrimentos de Cristo no exercício de sua obra mediadora foram, portanto, os atos e sofrimentos de uma pessoa divina, foi o Senhor da glória que foi crucificado; foi o filho de Deus que derramou sua alma até a morte. O oficio profético de Cristo pressupõe que ele possuía todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento; seu oficio sacerdotal demandava a dignidade do filho de Deus para fazer sua obra disponível; e ninguém, se não uma pessoa divina, poderia exercer o domínio que foi confiado a Cristo como mediador. Somente o filho eterno poderia livrar-nos da servidão de satanás e da morte proveniente do pecado, ou levantar os mortos, ou da vida eterna, ou vencer a todos os seus e nossos inimigos. Necessitamos de um salvador que fosse não apenas santo, inocente, incontaminado e separado dos pecados, mas também mais sublime que os céus. Além das qualificações que nosso Senhor Jesus Cristo possuía para ser um verdadeiro mediador ele ainda contava com seu tríplice oficio “profético, sacerdotal e régio”. Ele é constantemente designado como Senhor, como nosso dono e soberano absoluto. Nada, pois, pode ser mais claro do que o fato de que os profetas do Velho Testamento predisseram que o Messias seria profeta, sacerdote e rei, de sorte que o Novo Testamento descreve o Senhor Jesus mantendo todos esses ofícios. Não se trata de uma mera descrição figurativa, é evidente a luz do fato de que Cristo exerceu todas as funções de profeta, sacerdote e rei. Ele não foi simplesmente chamado assim.
     Portanto, se cremos e confiamos na palavra de Deus, para nós só a um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo (1Tm 2.5)Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem
                                            Até a próxima, Deus abençoe.