foto extraída do o N.T. interpretado V.por V. de R.N.Champlin
Lc. 21.3." Porque todos aqueles deitaram para as
ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o
sustento que tinha".
Começo esse comentário, falando do Mestre
Jesus. Uma das provas dos Evangelhos do caráter messiânicos de Jesus foi a
demonstração de conhecimento especial, isto é, conhecia e via, coisas que
pessoas normais, em meios normais de observação não conseguem conferir, Jesus
era grandemente desenvolvido, espiritualmente falando, e isso como homem, e é
normalmente desse ponto de vista que deveríamos explicar seu conhecimento
especial, pois Jesus veio a ser o Pioneiro do Caminho, e não só o próprio
caminho, ele mostrou como nós devemos desenvolver espiritualmente. Quando
estivermos prontos espiritualmente segundo o exemplo de Jesus, naturalmente
subentende intuições e percepções espirituais. No caso de Jesus, o fato que seu
conhecimento e percepção ultrapassam o que é normal, e isso era um sinal, entre
tantos, da validade de suas reivindicações messiânicas.
Segundo o relato, Marcos apresenta essa
ocorrência como se tivesse acontecido logo após as diversas controvérsias entre
Jesus e as autoridades religiosas, na area do templo, quando Jesus os denunciou
em termos fortes.
Jesus após a grande tensão das indagações e da
controvérsia, relaxa por alguns minutos, Jesus assenta-se e descansa por alguns
minutos e fica a observar a multidão que saia e entrava no templo durante
aquele período festivo, de repente um simples ato, que pouquíssimos devem ter
notado, chamou a atenção de Jesus e ele percebeu ali uma importante lição
ética.
Os ricos depositavam grandes quantias, mas
depositar o que lhes sobrava era algo que nada lhes custava, Jesus observando
com grande conhecimento e percepção preparava uma lição.
O
“dar” não-sacrificial tende por ser feito como espetáculo ou dever, e deixa mal
gosto em nossa boca.
O principio de amor deve governar todas as
nossas ações, podemos depositar grandes e pequenas quantias na obra do Senhor;
porém com o verdadeiro fruto do Espírito, ou seja, com o amor governando suas
ações, caso contrário o seu “dar” é não sacrificial, não passara de espetáculo
ou simples dever. Lembre-se, Jesus está nos observando.
Jesus
viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas, olhando no
comentário de R. N. Champlin descobri que as duas moedas equivalem ao Lepton, a
menor moeda judaica em circulação naquela época, feita de cobre ou de bronze, e
que pouca valia, porém era tudo o que aquela viúva pobre tinha, ao depositar
ali na arca do tesouro suas moedas ela ficara reduzida a mais absoluta pobreza.
Deus julga de acordo com as intenções do coração, e com a pureza do dom e do
serviço, e não em face do resultado real
da doação. Os homens podem ver tão somente a exibição externa, seja ela pura ou
não, porém Jesus com seu grandioso conhecimento e poder, vê todas as coisas
externamente e internamente. O que tem importância para Deus é o estado da alma
e não a ostentação pública que geralmente acompanha tais atos de caridade.
Jesus
viu que todos davam o que lhes sobrava, mas esta viúva da sua pobreza deu todo
o sustento que tinha; não é a quantia da doação que mostra ou expõe seu valor
aos olhos de Deus, e sim a generosidade que importa em sacrifício, tudo quanto
ela tinha para seu sustento: todo o dinheiro que ela possuía para adquirir a
sua próxima refeição, ela depositou na arca do tesouro, provavelmente era o
dinheiro não só de seu sustento como também de outras despesas diárias. Deus vê
aqui uma oferta pura, o dar “sacrificial”.
Encerramos
aqui uma lição maravilhosa de Jesus a respeito de como Deus vê nossas
contribuições, a oferta que damos, são avaliadas por Deus, não segundo o
montante da contribuição, mas a quantidade e qualidade do sacrifício nela
envolvida. Os ricos muitas vezes, contribuem do que lhes sobra, isso não lhes
custa nenhum sacrifício, em contraste a oferta dada pela viúva custou-lhe tudo.
Um grande sacrifício.
Deus abençoe.